RELIGIÃO


APRENDER COM OS ERROS

Vá e não peques mais !(João 8:11).Essa ordem que Jesus repetiu a homens e mulheres , durante seu ministério , ainda hoje serve a nós como um modo de proceder em relação ao ensino e a nossa conduta diária.
Ninguém nasce sabendo.Portanto , errar faz parte integrante de um processo e o erro deve ser considerado como uma oportunidade de aprendizagem.Homens e mulheres admoestados por Jesus , quando flagrados em erros , demonstraram mudanças de atitudes e de comportamento.O erro , embora fizesse parte da aprendizagem , ficou no passado.Errar é parte da natureza humana.


FESTAS JUDAICAS (24/04/2010)

1. PÁSCOA (Lv. 23:5)
1. O que é a Páscoa:
Páscoa no hebraico é pessach que significa passagem ou passar por cima: "...é a páscoa do Senhor" (Ex.12:11), "Porque o Senhor passará para ferir os egípcios..." (Ex.12:23), "É o sacrifíco da páscoa ao Senhor que passou por cima das casas dos filhos de Israel..." (Ex.12:27).
Os hebreus aspergiam o sangue de um cordeiro sobre as ombreiras (batentes ou colunas verticais) e nas vergas da porta (Êxodo 12:7). O sangue era aspergido nas colunas e nas vergas, nos sentidos horizontal e vertical, apontam para a cruz de Cristo.
2. O Dia da Páscoa:
A festa começa com a morte de um cordeiro como oferta pelo pecado (Ex.12:2,6), no dia 14 do mês de abibe (Lv.23:15; Ex.13:4), que significa espigas verdes. Durante o exílio foi substituido pelo nome nisã (Ne.2:1) que significa começo ou abertura. Corresponde a março-abril em nosso calendário. A páscoa foi instituída numa sexta-feira, ou seja, um dia antes dos Pães Asmos (Lv.23:6) e dois dias antes das Primícias (Lv.23:12).
Para o povo judeu havia o ano sagrado e o ano civil. O sagrado começava na primavera. O civil começava no outono. O 7° mês sagrado era o 1° mês civil. Dividia-se o ano em 12 meses lunares, com um 13° mês 7 vezes em cada 19 anos.
Calendário Lunar Judaico e seus meses correspondentes no Calendário Solar ou Juliano
Lunar Judaico.........................Solar Juliano
Nisã ou Abibe..........................março-abril
Iyyar ou Zive..............................abril-maio
Sivã..........................................maio-junho
Tammuz....................................junho-julho
Abe.........................................julho-agosto
Elul...................................agosto-setembro Lunar Judaico...........................Solar Juliano
Etanim ou Tishri...............setembro-outubro
Marquesvã ou Bul...........outubro-novembro
Quisleu.........................novembro-dezembro
Tebethe.............................dezembro-janeiro
Shebate...............................janeiro-fevereiro
Adar....................................fevereiro-março
3. A Hora da Páscoa:
O dia civil judaico (período de 24 horas) se inicia às 18:00 horas e termina às 18:00 horas subsequente. A noite vem primeiro que o dia, pois na criação do mundo o primeiro dia começou com a escuridão que foi transformada em luz: "Chamou Deus à luz dia, e às trevas noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia" (Gn.1:5). Daí em diante cada período de 24 horas foi indicado sucessivamente como "tarde e manhã" (Gn.1:5,8,13,19,23,31; 2:2).

O dia natural judaico (12 horas), isto é, o intervalo entre a aurora e o crepúsculo (06:00 às 18:00 h.), era dividido em três partes: manhã, meio-dia e tarde (Sl.55:17). Os judeus distinguiam duas tardes no dia: a primeira ia das 15:00 às 18:00 h., e a segunda se iniciava ao pôr do sol (18:00 h.), indo até a escuridão da noite, aproximadamente às 19:00 h. (Mt.14:15 e 23). O sacrifício da páscoa era oferecido "no crepúsculo da tarde" (Lv.23:5; Nm.28:4,8). A passagem faz referência à primeira tarde (15:00 às 18:00 h.). A segunda tarde, que se iniciava às 18:00 horas, e a manhã, que tinha início às 06:00 horas, juntos formavam um dia (Gn.1:5). O gráfico abaixo ilustra o dia judaico:

4. O Local da Páscoa:
Posteriormente Deus requereu que a páscoa só fosse realizada em um local por Ele determinado "Então sacrificarás como oferta de páscoa ao Senhor teu Deus, do rebanho e do gado, no lugar que o Senhor escolher para ali fazer habitar o seu nome. Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas cidades que te dá o Senhor teu Deus. Senão no lugar que o Senhor teu Deus escolher para fazer habitar o seu nome, alé sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo em que saíste do Egito. Então a cozerás, e comerás no lugar que o Senhor teu Deus escolher..." (Dt.16:2,5-7).
5. Evento correspondente no Novo Testamento: Redenção
(I Co. 5:7; Ef.5:2; I Pe.1:19; II Co.5:21; Gn.4:7)
5.1. O que é a Redenção:
O evento correspondente à páscoa no Novo Testamento é a redenção. Assim como um cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a libertação dos judeus do Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação dos nossos pecados: "...Ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt.1:21); "...pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados" (Ap.1:5); "...Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado" (I Co.5:7). Cristo se fez oferta pelo pecado. Há uma perfeita identificação entre o pecado do crente e a oferta pelo pecado (Jo.3:14). Esta identificação é ainda mais evidente no Antigo Testamento, pois "a palavra hebraica hattâ't usada para traduzir pecado é derivada de uma forma verbal que significa purificar, de modo que o substantivo significa um sacrifício que obtém a purificação." 1
Desse modo o texto de Gênesis 4:7 fica com mais sentido: "...se, todavia, procederes mal, eis que o (a oferta pelo) pecado jaz à porta... ...a ti cumpre dominá-lo (domá-lo)" (Gn.4:7). Esta identificação também pode ser vista no Novo Testamento: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez (oferta pelo) pecado por nós..." (II Co.5:21). Este era o método usado por Deus, desde os tempos de Adão, para perdoar os pecados: O sangue deveria ser derramado "Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação (kafer = cobertura - veja Gn.3:21 e 6:14) pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv.17:11). Por isso "...sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb.9:22). No tempo do Antigo Testamento o sangue dos animais apenas cobriam os pecados. O sangue de Cristo tira o pecado do mundo (Jo.1:29).
5.2. O Dia do Sacrifício de Cristo:
A primeira páscoa foi comemorada numa sexta-feira. Jesus Cristo também foi crucificado numa sexta-feira (Mt.27:62; Mc.15:42; Lc.23:54; Jo.19:14), às 09h00, isto é na "hora terceira" (Mc.15:25). Das 12h00 às 15h00, isto é, da hora sexta à hora nona, houve trevas sobre a terra (Mt.27:45; Lc.23:44-46). Depois disso Ele rendeu o espírito, no período entre 15h00 e 18h00. Este período compreendido entre a hora nona (15h00) e o pôr do sol (18h00), no qual Jesus morreu é o mesmo período designado para o sacrifício da páscoa, ou seja, no crespúsculo da tarde, (Lv.23:5; Nm.28:4,8).
5.3. A Hora do Sacrifício de Cristo:
Tudo indica que Jesus morreu após às 15:00 horas, que é a hora nona (Lc.23:44-46). Porém, naquele tempo as horas não eram indicadas com precisão, como ocorre hoje. Assim sendo, é possível que Jesus tenha morrido entre 15:00 e 17:00 horas, tendo sido sepultado aproximadamente após as 17:00 horas (Mc.15:42), pois o sábado iria começar às 18:00 horas (Lc.23:54), e a Lei Judaica proibia o trabalho aos sábados e a permanência de um corpo morto na cruz (Dt.21:22,23; Jo.19:31). Assim sendo, a morte de Jesus foi mais rápida do que se esperava (Mc.15:44). Isto ocorreu por 4 motivos: (1) Jesus é o Cordeiro Pascal, e como tal deveria morrer no mesmo período do sacrifício da páscoa (Ex.12:6); (2) Suas pernas não poderiam ser quebradas para acelerar a sua morte (Jo.19:32,33; Ex.12:46; Nm.9:12; Sl.34:20); (3) Seu corpo não poderia permanecer no madeiro (Dt.21:22,23) e (4) O próprio Jesus rendeu o seu espírito (Jo.19:30; Jo.10:18; Jo.2:19).
As duas tabelas seguintes mostram as horas do dia e da noite, conforme a cultura judaica:
As horas do dia
Hora Ocidental                Hora Judaica                                        Referência Bíblica
09:00 h. (6 às 9 h.)                   terceira hora                                                 Mt.20:3
12:00 h. (9 às 12 h.)                 sexta hora                                                     Mt.20:5
15:00 h. (12 às 15 h.)               nona hora                                                      Mt.20:5
18:00 h. (15 às 18 h.)              décima segunda hora
As horas da noite
18:00 às 21:00 h.                    1ª vigília (noite)                                               Ex.14:24
21:00 às 24:00 h                     2ª vigília (meia noite)                                       Lc.12:38 (Mt.25:6)
24:00 às 03:00 h.                    3ª vigília (cantar do galo)                                 Lc.12:38
03:00 às 06:00 h.                    4ª vigília (manhã)                                            Mt.14:25
O dia civil judaico é ilustrado na tabela abaixo:
O Dia Judaico (24 horas)
18:00 h.                                 cair da tarde                                                   Mt.20:8; Mt.14:23
18:00 h.                                 pôr do sol                                                      Gn.28:11; Mc.1:32
A tabela abaixo ilustra outros horários mencionados na Bíblia:
Outras Horas Judaicas
17:00 h.                                undécima hora                                                 Mt.20:6
Cerca de 22:00 h.                 2ª ou   vigília média                                          Jz.7:19
06:00 às 09:00 h.                  raiar do sol,
                                            nascente do sol,
                                            levante,                                                      Jz.9:33;; Sl.50:1; Sl. 113:3; Is.45:6
15:00 às 18:00 h.                 cair da tarde (1ª)                                             Mt.14:15
18:00 às 19:00 h.                 cair da tarde (2ª)                                             Mt.14:23
15:00 às 18:00 h.                 crepúsculo da tarde                                              Ex.12:6; Nm.9:3
A páscoa foi realizada na sexta-feira. Três dias depois os judeus deveriam comemorar a festa das primícias (Lv.23:12). Esta festa indicava a ressurreição após três dias. O primeiro molho de trigo que fosse colhido, isto é, as primícias, deveria ser movido perante o Senhor (Lv.23:10,11). Este mover do trigo era símbolo da vida que, ao contrário de um animal morto, inerte e sem movimento, se expressa pelo mover da vida (At.17:25,28). Na ressurreição o corpo de Cristo que estava inerte no túmulo foi movido por Deus e a terra se abalou (Mt.27:51-54; Mt.28:2; Hb.12:26,27). Cristo foi vivificado no espirito (IPe.3:18). Mas a oferta só poderia ser feita após três dias depois da páscoa. Isto tem a ver com a ressurreição que ocorreu somente três dias depois da morte de Cristo.
O esquema a seguir mostra os três dias e três noites mencionados por Jesus. As palavras de Jesus "...três dias e três noites" (Mt.12:40), não exige que 72 horas tenham se passado entre sua morte e ressurreição, pois os judeus consideravam parte de um dia como um dia inteiro.

Esta expressão "um dia e uma noite" é idiomática, e era usada pelos judeus para indicar "um dia" (ISm.30:12,13), mesmo quando somente parte de um dia era indicada. Qualquer parte do período era considerado um período total. O Talmude Babilônico relata que "uma parte do dia é o total dele" 2
O Talmude de Jerusalém, diz: "Temos um ensino: um dia e uma noite são um onah e a parte de um onah é como o total dele" 3
Cristo foi crucificado na sexta-feira. Qualquer tempo antes das 18:00 horas de sexta-feira seria considerado um dia e uma noite. Qualquer tempo depois das 18:00 horas de sexta-feira até sábado às 18:00 horas, também seria um dia e uma noite. Semelhantemente, qualquer tempo após às 18:00 horas de sábado até o momento em que Cristo ressuscitou, na manhã de domingo, também seria um dia e uma noite. Do ponto de vista judaico, seriam três dias e três noites de sexta à tarde até domingo de manhã.
5.4. O Local do Sacrifício de Cristo:
O local exato da morte de Cristo não se sabe. As Escrituras mencionam o lugar onde Cristo foi crucificado, que se chamava Calvário (Lc.23:33). Em hebraico (aramaico) o nome é Gólgota (Jo.19:17) que significa Lugar da Caveira (Mt.27:33).
Jesus Cristo não poderia ser crucificado fora da Judéia, muito embora tenha sido crucificado fora de Jerusalém (Hb.13:11,12; Jo.19:20; Mt.21:39). A Judéia, local do templo de Salomão, era o local onde Deus havia escolhido para habitar (I Rs.9:3). Com isto Deus queria mostrar que só há um Caminho para a salvação. Os sacrifícios da páscoa não podiam ser realizados em qualquer lugar, mas somente naquele lugar onde Deus havia determinado. Os sacrifícios e adoração fora de Jerusalém era considerado pecado (I Rs.12:25-33; I Rs.13:9,10; I Rs.8:29,33,38,44; Dn.9:3; Jo.4:20). Muitos cristãos pensam que idolatria é somente culto prestado a deus falso. Pelo estudo das Escrituras descobrimos que culto falso prestado ao Deus verdadeiro também é idolatria. Se alguém pretende agradar ao Deus verdadeiro por meios estranhos às Sagradas Letras, realiza culto falso e comete o pecado da idolatria. Somente o Sacrifício do Calvário realizado por Cristo, tem valor para Deus. Jesus é o Caminho (Jo.14:6). Deus não aceita outro sacrifício além do sacrifício de Cristo realizado no Calvário. Desse modo, ordenando que os sacrifícios fossem realizados no templo, Deus estava querendo demonstrar que só há um caminho para a salvação.
Jesus é descendente de Judá (Gn.49:8-12), e por esta mesma razão a tribo de Judá recebeu lugar de honra na ordem dos acampamentos da tribo, diante diante do tabernáculo (Nm.2:3; Lc.1:78,79; Sl.84:11; Ml.4:2), porque a salvação vem dos judeus (Jo.4:22) e Jesus é a Porta (Jo.10:9) que dá acesso ao Pai.
O esquema abaixo mostra a localização das doze tribos em volta do tabernáculo. Observe que a tribo de Judá permanecia em frente da porta de entrada para o tabernáculo, no lado leste. Isso indicava que um descendente de Judá haveria de abrir o caminho que dá acesso a Deus (Lc.1:78; Nm.2:3; Sl.84:11; Ml.4:2).

2. ASMOS = MATZOT (Lv. 23:6)

Esta festa era comemorada no dia seguinte à páscoa (Lv.23:6). Os pães não continham fermento porque representavam a pureza de Cristo, o Pão da Vida (Lv.2:11; Dt.16:1-4; Jo.6:48,51; I Co.11:23-26; Mt.16:6). Também expressa a nossa comunhão com Cristo, que começa com a nossa redenção e depois prossegue em uma vida santa (I Co.5:6-8; Gl.5:9). As ofertas de pães asmos não poderia conter sangue, porque o sangue era derramado pelo pecado (Ex.23:18; 34:25) e esta oferta deveria ser apresentada como "aroma agradável ao Senhor" (Lv.23:13).
Os hebreus deveriam celebrar a festa dos pães asmos durante sete dias, durante os quais deveriam comer pão não levedado (Ex.12:15-20).
Evento correspondente no Novo Testamento:
Santificação (I Co.5:8)
Assim como a Festa dos Pães Asmos era celebrada imediatamente após o sacrifício da páscoa, aquele que é redimido pelo sangue de Cristo, deve imediatamente prosseguir em seu caminho em processo de santificação: "...aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus" (II Co.7:1). Esta oferta não poderia conter sangue do sacrifício porque o sangue era derramado por causa do pecado e "...aquele que sofreu na carne deixou o pecado" (I Pe.4:1) e "...quem morreu, justificado está do pecado... ...a morte já não tem domínio sobre Ele" (Rm.6:7,9).
Diversos textos das Sagradas Escrituras demonstram este processo de santificação do cristão, vinculado à sua redenção e originado nela.
Saber distingüir os textos que falam da salvação inicial dos textos que falam da santificação é importante para uma real compreensão das Sagradas Escrituras.
A tabela a seguir mostra paralelamente os textos bíblicos que tratam da redenção e da santificação do crente.
SALVAÇÃO
REDENÇÃO SANTIFICAÇÃO
A posição do crente (permanente) O estado ou condição do crente (progressivo)
...fostes lavados... (I Co.6:11) ...lava-me purifica-me... (Sl.51:2)
...lava os teus pecados... (At.22:16) Lavai-vos, purificais-vos... (Is.1:16)
...nos lavou... lavar regenerador... (Tt.3:5) Lava-me... purifica-me... (Sl.51:2,7)
...que nos salvou... (II Tm.1:9) ...tornar-te sábio para a salvação... (II Tm.3:15)
...aos santificados em Cristo Jesus... (I Co.1:2a) ...chamados para ser santos... (I Co.1:2b)
...salvação pela santificação do Espírito... (II Ts.2:13) ...esta é a vontade de Deus, a vossa santificação... (I Ts.4:3)
...em santificação do Espírito... (I Pe.1:2) ...seguí... a santificação... (Hb.12:14)
...os que são santificados... (At.20:32) Santifica-os na verdade... (Jo.17:17)
...fostes santificados... (I Co.6:11) ...fruto para a santificação... (Rm.6:22)
...o santo... (Ap.22:11a) ...continue a santificar-se... (Ap.22:11b)
...aperfeiçoou para sempre... (Hb.10:14a) ...quantos estão sendo santificados... (Hb.10:14b)
...aquele que começou boa obra... (Fp.1:6a) ...há de aperfeiçoá-la completamente... (Fp.1:6b)
...estais aperfeiçoados nele... (Cl.2:10) Não que eu... tenha já obtido a perfeição... (Fp.3:12)
...purificando-lhes pela fé os corações... (At.15:9) Cria em mim... um coração puro... (Sl.51;10)
...tendo purificado as nossas almas... (I Pe.1:22) ...purifiquemos-nos... santificação... (II Co.7:1)
...e purificar... um povo... zeloso de boas obras (Tt.2:14) ...a si mesmo se purifica... para toda boa obra... (II Tm.2:21)
...povo em cujo coração está a minha lei... (Is.51:7) Lava o teu coração da malícia... (Jr.4:14)
...tendo os corações purificados... (Hb.10:22) ...no coração as tuas palavras para não pecar...(Sl.119:11)
... puro de coração... (Sl.24:4) Quem pode dizer: purifiquei o meu coração...? (Pv.20:9)
...os limpos de coração... (Mt.5:8) ...limpai o coração... (Tg.4:8)
...Deus é bom para com os de coração limpo (Sl.73:1) ...a si mesmo se purifica... (I Jo.3:3)
Vós já estais limpos pela palavra... (Jo.15:3) ...a palavra... poderosa para salvar... (Tg.1:21)
...o sangue de Cristo... purificará... (Hb.9:14) ...nos purifica de todo o pecado (I Jo.1:7)
3. PRIMÍCIAS = HABICURIM (Lv. 23:9)

A palavra primícias no hebraico é habicurim. As Primícias era comemorada 3 dias e 3 noites depois da Páscoa (Lv.23:12), quando as primícias da terra eram ofertadas ao Senhor, e 49 dias antes do Pentecoste. Deus requeria apenas um molho de cevada. A Festa das Primícias é também designada "...festa das segas dos primeiros frutos (Ex.23:16)."
O uso do fermento era proibido na Festa dos Pães Asmos e na Festa da Páscoa, porém poderia ser usado na Festa das Primícias (Lv.23:17,18). O fermento é considerado pelas Escrituras como tipo da presença da impureza e do mal (Ex.12:15,19; 13:7; Lv.2:11; Dt.16:4; Mt.16:6,12; Mc.8:15; Lc.12:1; ICo.5:6-9; Gl.5:9). Portanto os dois pães levedados a serem movidos, representam Israel e os gentios formando a Igreja. O fermento é sinal da imperfeição no meio do povo de Deus (Mt.13:33).

Evento Correspondente no Novo Testamento: Ressurreição
(I Co.15:20; At.26:23; Cl.1:18)
A ressurreição de Jesus ocorreu no domingo, antes do nascer do sol (Mc.16:2; Lc.24:1; Jo.20:1) 3 dias e 3 noites após a sua morte (Mt.12:40). Ele não ficou exatamente 72 horas no túmulo, mas parte da sexta-feira (das 15:00 às 18:00 h. = 3 horas), o sábado inteiro (das 18:00 às 18:00 h. = 24 horas) e parte do domingo (das 18:00 às 06:00 h. = 12 horas), portanto cerca de 39 horas. As 33 horas restantes são 21 horas da sexta-feira (das 18:00 às 15:00 h.) e 12 horas do domingo (das 06:00 às 18:00 h.). De qualquer forma a ressurreição ocorreu três dias depois (dias judaicos). "O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas três dias depois da sua morte, ressuscitará" (Mc.9:31).
"...Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem" (I Co.15:20). Cristo é "o primogênito de entre os mortos" (Cl.1:18). "...sendo o primeiro da ressurreição dos mortos..." (At.26:23).
A ressurreição de Cristo e, analogicamente, a oferta das primícias, representavam a consagração de toda a colheita a Deus e serviram como um penhor, ou garantia, de que a totalidade da colheita ainda se realizará na ceifa (Rm.8:23; 11:16; ICo.16:15). Portanto, Cristo na qualidade de Primícias da Ressurreição, consagrou a Deus toda a colheita (Hb.2:13).
4. SEMANAS = SHAVUOT

Em Levítico 23:16 encontramos a expressão hebraica hamishshïm yom (LXX=pentêkonta hêmeras) que significa cinquenta dias. Era comemorada cinquenta dias depois da festa das primícias quando era ofertado o primeiro molho de trigo da colheita (Lv.23:11,12,15,16; Dt.16:9), aos 6 do mês de Sivan, que corresponde ao mês de junho em nosso calendário. Comemorada após cinquenta dias ou sete semanas, recebeu também o nome de festa das semanas=hagh shabhu'ôth (Ex.34:22; Dt.16:10), ou dia das primícias = yôm habbikkürïm (Ex.23:16; Nm.28:26). Comemorava a entrega da lei que foi dada no monte Sinai durante este período (Compare Ex.19:1,11 com Ex.12:6,12). Enquanto os pães asmos eram sem fermento, os pães desta oferta continham fermento (Lv.23:16-18), e deveriam ser movidos com os pães das primícias perante o Senhor (Lv.23:20).

Evento Correspondente no Novo Testamento: Pentecostes
(At.2:1; At.20:16; I Co.16:8)

Assim como os pães das primícias eram movidos (Lv.23:9-14), também os pães levedados deveriam ser movidos juntamente com eles (Lv.23:20; Rm.6:5). O Pentecoste tipifica a descida do Espírito Santo para formar a Igreja. Por causa disto está presente o fermento porque o mal está presente na Igreja (Mt.13:33; At.5:1-10; 15:1). Assim como Cristo foi removido da sepultura; os cristãos também foram simbolicamente movidos (At.4:31). Nas primícias eram oferecidos molhos de hastes separadas frouxamente reunidas, mas no Pentecoste há uma verdadeira união de partes formando uma única massa. A descida do Espírito Santo uniu os discípulos, antes separados, em um só corpo (I Co.10:16,17; I Co.12:12,13,20).
Pentecoste comemora então a vinda do Espírito Santo, que foi dado cinquenta dias após a ressurreição de Cristo. Assim como a lei foi dada nesse período, no tempo do Antigo Testamento, para o povo de Israel, o Espírito Santo foi dado, também nesse período, para a Igreja (IICo.3:3-11). Os 120 discipulos (At.1:15) reunidos no dia de Pentecoste, sobre os quais caiu o Espirito Santo, representavam a colheita dos primeiros frutos (Rm.8:23; Tg.1:18; Ap.14:4; Mt.13:30; 21:34). A Igreja tem a Primícia do Espírito 4
5. TROMBETAS = SHOFAROT (Lv. 23:24)

Provavelmente feita de um chifre=shofar de carneiro. Era comemorada no sétimo mês, o mês de Etanim (IRs.8:2), que mais tarde passou a chamar-se mês de Tishri, e corresponde a setembro ou outubro. Atualmente esta festa é denominada Rosh Hashanah=Ano Novo, pois assinala o início do ano civil. Da mesma forma que o sétimo dia é santificado pelo descanso e pela adoração, assim também o sétimo mês do ano é santificado por três festas: trombetas, dia da expiação e tabernáculos. A Festa das Trombetas era um dia de descanso solene, no qual as trombetas eram tocadas a fim de reunir Israel (Nm.10:10).

Evento Correspondente no Novo Testamento: Arrebatamento E Reagrupamento de Israel (I Co.15:51,52; I Ts.4:16,17)
As trombetas eram soadas na Festa das Trombetas (Nm.29:1,7,12) para que o povo de Israel se reunisse em descanso solene. Desse modo representa o reagrupamento de Israel que ocorrerá depois do arrebatamento da Igreja (Dt.30:1-6; Is.11:12; Jr.3:2; Ez.11:14-18; Mq.2:12,13; Mt.20:16). Primeiramente ocorrerá a reunião dos santos da dispensação da Igreja (Its.4:16,17). Depois de algum tempo (7 anos de tribulação) ocorrerá o reagrupamento de Israel (Is.18:3; Is.27:13; Jl.2:1). O reajuntamento de Israel já teve início nesta dispensação, mas será mais intenso e visível durante o perído da tribulação, imediatamente após o término da dispensação da igreja. Observe que um grande intervalo de tempo passava entre o Pentecoste a a Festa das Trombetas. Este longo período representa o período ocupado pela obra do Espírito Santo na dispensação da Igreja.
6. DIA DA EXPIAÇÃO = YOM HAKIPURIM (Lv. 23:27,28)
O Dia da Expiação era comemorado anualmente para fazer purificação dos pecados (Lv.16:16,30,33). O sacerdote entrava no santuário apenas uma vez por ano (Lv.16:2; Ex.30:10; Hb.9:7,25).
O texto de Levítico dá ênfase à maneira como Israel deveria observar este dia: "...afligireis as vossas almas..." (Lv.23:27). Certamente, está em evidência, nesta passagem, o caráter profético que prevê o futuro arrependimento de Israel.
Evento Correspondente no Novo Testamento: SEGUNDA VINDA, REDENÇÃO DE ISRAEL, REVELAÇÃO.
O arrependimento de Israel está vinculado à 2ª Vinda de Jesus, à sua revelação. Este arrependimento ocorrerá a nível nacional (Zc.12:10-14). Detalhes proféticos sobre este acontecimento futuro, podem ser encontrados no capítulo 30 do livro de Deuteronômio. Os versículos 1 a 10 descrevem a dispersão ou diáspora (Dt.30:1), o reajuntamento de Israel (Dt.30:2-5; Mc.13:26,27), a obra graciosa do Espírito Santo no coração do povo judeu, trazendo arrependimento (Dt.30:6; Zc.12:10) e removendo a impureza (Zc.13:1; Dn.9:24).
Historicamente, a fonte, citada em Zacarias 13:1 foi aberta na crucificação, mas foi rejeitada pelos judeus daquele século e dos séculos subseqüentes. Depois do reajuntamento de Israel a fonte será novamente aberta, trazendo o arrependimento desejado.
No reajuntamento de Israel, bençãos serão concedidas. Haverá a restauração da terra da palestina à Israel (Dt.30:5), restauração do povo (Dt.30:6; Jr.31:31-34), julgamento dos inimigos de Israel (Dt.30:7; Jl.3:1,2) e prosperidade na terra (Dt.30:9; Am.9:11-15).
7. TABERNÁCULOS = SUCOT (Lv. 23:33)
Nesta festa os israelitas habitavam em cabanas ou tabernáculos (Lv.23:42) durante uma semana (Lv.23:42). Essas cabanas eram feitas de ramos de árvores (Ne.8:14-18). A Festa dos Tabernáculos, também conhecida como Festa das Colheitas (em hebraico, hagh haqqâçïr) porque marcava o início da colheita outonal de frutas e azeitonas (Ex.23:16), durava do 15° ao 22° dia do sétimo mês (set-out), e era comemorada uma vez por ano (Lv.23:41).
Evento Correspondente no Novo Testamento: MILÊNIO
A Festa dos Tabernáculos corresponde ao Milênio do Novo Testamento. Esta festa é como a Ceia do Senhor para a Igreja: memorial e profética. É memorial quanto a redenção do Egito (Lv.23:43) e profética quanto quanto ao descanso do reino para Israel depois do seu reajuntamento e restauração., quando, então, a festa se tornará novamente um memorial, e, não somente para Israel, mas para todas as nações (Ed.3:4; Zc.14:16-21; Ap.21:3).
O elemento principal desta festa é a presença de Deus entre os homens, trazendo luz e repouso eterno (Ap.21:3,4). Por esta causa Cristo veio ao mundo: "E o Verbo se fez carne, e habitou (tabernaculou) entre nós..."(Jo.1:14). Não é por acaso que Cristo recebeu o nome de "...Emanuel, que quer dizer Deus conosco (Mt.1:23)."
FESTAS BÍBLICAS
ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO
PESSACH = PÁSCOA (Lv. 23:5)
Festa da Páscoa REDENÇÃO (I Co. 5:7)
MATZOT = ASMOS (Lv. 23:6)
Festa dos Pães Asmos SANTIFICAÇÃO (I Co.5:8)
HABICURIM = PRIMÍCIAS (Lv. 23:9)
Festa das Primícias RESSURREIÇÃO (I Co.15:20)
SHAVUOT = SEMANAS (Lv.23:15,16)
Festa das Semanas PENTECOSTES (At.2:1; 20:16; ICo.16:8)
SHOFAROT = TROMBETAS (Lv. 23:24) ARREBATAMENTO (ICo.15:51,52; ITs.4:16,17)
Reagrupamento de Israel
YOM HAKIPURIM = DIA DA EXPIAÇÃO
Dia da Expiação (Lv.23:27) REDENÇÃO DE ISRAEL (Dn.9:24; Zc.12:10 a 14; Rm.11:26,27)
SUCOT = TABERNÁCULOS (Lv.23:34)
Festa dos Tabernáculos ou Festa da Colheita MILÊNIO (Zc.13:1,2; 14:17,18; Ap.20:1-6; 21:3; Ex.23:16,17; Mt.13:30)
Fonte: Teologia Sistemática
Direitos Autorais: Luiz Antonio Ferraz, 1997. Sexta-feira, 3 de janeiro de 1997. Última revisão: Quinta-feira, 1º de maio de 1997.
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Bibliografia
Comentário Bíblico Moody, v.1 Números, introdução e comentário
Levítico, introdução e comentário As Evidências da Ressurreição de Cristo
A Interpretação Bíblica Bíblia Anotada
Bíblia Scofield Bíblia Vida Nova
Revista Chamada da Meia Noite Manual Bíblico
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Referência Bibliográfica
1 R. K. Harrison. Levítico, introdução e comentário, p.55.
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2 Mishnah, Third Tractate, B. Pesachim, p.4 apud in Josh McDowell. As Evidências da Ressurreição de Cristo,p.160.
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3 Arthur C. Custance, The Ressurrection of Jesus Christ, Doorway Papers, 46, Brookville, 1971, p.17 apud in Josh McDowell. As Evidências da Ressurreição de Cristo,p.161.
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4 A Primícia do Espírito não deve ser cofundida com a Primícia da Ressurreição (Rm.8:23; Tg.1:18; ICo.15:20; Ap.14:4). A Igreja vai ser recolhida antes de Israel que perdeu o seu direito à primícia (Jr.3:2; Mt.20:16).
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MENTE RENOVADA
Quando eu era criança – e isto não faz tanto tempo assim – havia um programa de humorismo na tv em que um nordestino caricato, metido a intelectual, utilizava um bordão mais ou menos assim: a inguinorância atravanca o pogresso. Pois não é que o engraçadinho tinha razão? A Bíblia confirma que a educação é o bem mais precioso que uma sociedade possa conquistar. Foi através do profeta Oséias que o Senhor declarou: O meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento (Os 4:6).

Pois neste trecho da Epístola aos Efésios o apóstolo Paulo demonstra a grande diferença que o conhecimento da verdade revelada através de Jesus Cristo faz na vida de uma pessoa. Alguém que não conhece ou reconhece o Senhor: Sua Pessoa, Seu Poder, Sua Palavra e Seus Propósitos, é chamado por Paulo de gentio (v. 17), ou velho homem (v. 22). Vale ressaltar que todos fomos gentios e velhos homens, e deixamos de sê-lo a partir do momento que conhecemos Jesus e aprendemos Seus ensinos.

O estilo gentio/velho homem de vida: Estilo é um modelo, um padrão. Fala-se muito sobre estilo nos dias de hoje com relação à moda e aos costumes. Na verdade, o estilo é determinado pela maneira de pensar – a forma como as pessoas vêem a vida e como valorizam as coisas. Observe no texto as características predominantes do nosso antigo estilo de vida:

a) Inutilidade dos pensamentos (v. 17): isto se deve aos valores invertidos – coisas totalmente inúteis são super valorizadas. Quando se valoriza coisas tidas por Deus como “inúteis”, a vida se torna fútil, desperdiçada. Por exemplo, a super-valorização da aparência física. No jornal que li hoje há uma matéria sobre jovens que continuam ingerindo anabolizantes veterinários, chegando até a óbito.

b) Obscurecidos no entendimento (v. 18): o que o apóstolo quer dizer com isto? Que o entendimento destes está escuro para as verdades de Deus. Que coisa triste saber que há muitas pessoas totalmente ignorantes para as verdades de Deus, mas sábios para o mal – astutos na malícia – sabem fazer o mal com “excelência infernal” (leia Jr 4:22). No capítulo 3 de I Coríntios, Paulo explica que o gentio, ali chamado de homem natural, não consegue discernir as coisas de Deus, para as quais precisamos ter uma mente renovada.

c) Separados da vida de Deus (v. 18): A vida de Deus é a vida em Deus. Jesus disse: Eu Sou a Vida (Jo 14:6) e Eu dou a Vida e Vida em abundância (Jo 10:10). Um gentio não vê graça na vida de Deus vivida por um cristão autêntico. Resistir ao pecado, manter-se fiel, buscar santidade, adorar, servir, perdoar, abençoar, ofertar... verbos tão normais na vida em Deus são inconjugáveis para quem está preso ainda ao estilo gentio de vida.

d) Depravação e Impureza (v. 19): Por favor, leia detidamente novamente o verso 19 com sua célula. Estas duas palavras têm a ver com sexualidade pecaminosa – pornografia, prostituição e adultério. Pedofilia e prostituição infantil são exemplos de como a sociedade que ignora a vida em Deus caminha pelas vias da depravação. A indústria da prostituição e da pornografia movimenta bilhões de dólares. Qualquer locadora de vídeos ou banca de jornais vende estas coisas a preços acessíveis à maioria das pessoas. Como pode uma sociedade conviver com coisas tão degradantes e abomináveis aos olhos do Criador? Este texto nos ajuda a entender. Vale lembrar que Deus não aceita adeptos deste tipo de abominação no meio do Seu povo: vide Ef 5:5, Ap 21:8. Há um texto tremendo que você pode mencionar aos seus discípulos sobre a questão da imoralidade sexual relacionada à mente obscurecida, Rm 1:28-32. [1]

e) Enganados pelos desejos (v. 22): Os desejos são por vezes chamados na Bíblia de paixões da carne. Alguém que se deixa conduzir pelos desejos é carnal e inconseqüente. Você sabe o que acontece com a criança cujos pais atendem todos os seus desejos. A própria Psicanálise explica que os desejos não podem ser desenfreados – precisam ser censurados, contidos. O apóstolo Paulo observa que tais pessoas se corrompem, ou seja, “se consomem, se acabam...” na satisfação destes desejos desenfreados. Um exemplo disto, os vícios.

O Estilo Novo Homem de vida! Jesus Cristo veio para nos dar vida. Para tanto, é preciso reconhece-lo como o autor da vida e da nossa salvação. Ao reconhece-lo, você se abre para receber uma renovação em sua mente – o que antes era ignorância e escuridão agora será transformado. Na medida que você aprenderá a Palavra, sua mente será purificada e reorientada. Isto se chama discipulado. Os valores mudarão. A mudança será tamanha que até seus costumes mudarão. Não é à toa que o apóstolo escreveu acerca de trocar de roupas – despir-se do velho homem e revestir-se do novo homem. As roupas e os modos denunciam a mente. Reflita nisto. Abrindo sua vida a Jesus, sua mente será preenchida com Seus Ensinos e sua vida transformada.

Ore com seus discípulos e leve-os a declarar que não querem uma vida no estilo dos gentios. Leve-os a renunciar a toda imundície e a pedirem a mente renovada pelo Espírito. Ajude-os a pedirem a Deus fome da Palavra, pois é nela que aprenderão a vida no Estilo Novo Homem e vestirão as novas vestes.[2]

[1] Lembre-se que sua célula é de evangelismo e multiplicação e que os estudos não podem exceder o tempo limite. Também que seus discípulos novos ainda não têm “estômago” para digerir alimentos mais sólidos. É melhor dividir um estudo mais complexo em dois do que provocar uma “indigestão bíblica” no discípulo neófito. Eis que te digo...

[2] Não esqueça também de sempre orar pelos seus líderes e pastores junto com seus discípulos. Eles precisam aprender a honrar seus líderes vendo seu exemplo.

Ó Senhor Deus , tu és a minha segurança.


MILAGRES DE JESUS 9
A CURA DO HOMEM DA MÃO RESSEQUIDA
Leia Lucas 6:6-11, Mateus 12:9-14, Marcos 3:1-6  
Marcos relata que Jesus "outra vez entrou numa sinagoga", isto nos serve como referencial para sabermos que Ele já era conhecido dos judeus e sacerdotes da sinagoga e que já despertava algo neles, pois o autor nos informa que "eles se maravilhavam com sua doutrina".

Então num sábado, dia sagrado para o judeu piedoso, Jesus entra numa sinagoga e lá está um homem com a mão ressequida. Note que o autor nos diz que se tratava de um homem, então provavelmente, pelas leis da época, tinha mais de vinte e um anos, pois quando o relato envolvia crianças e adultos, o autor usava a terminologia adequada. Não nos informa quanto tempo aquele homem tinha a mão ressequida, se fora de nascença, se fora por acidente, mas no evangelho de Lucas, que era médico grego, nos é informado que a mão defeituosa era a direita. Imagine-se com a sua mão direita impossibilitada, sabemos que este é um membro importante do corpo e que é utilizado para o trabalho e apoio.
Este homem era temente a Deus, ele ia a sinagoga, fazia suas orações, procurava observar os mandamentos da lei judaica e, certamente, na sinagoga, sentava-se bem ao fundo, pois os judeus atribuíam as doenças ao pecado. Ele perseverava em ir à sinagoga, suportando todo sofrimento e humilhação que pudesse passar. Sabia que tinha que se sentar afastado, devido ao "pecado" que ele ou alguém de sua família cometera, trazendo-lhe aquele prejuízo, assim era o pensamento da época.

Repare na narrativa que diz que os judeus olharam para Jesus pensando se Ele curaria o homem, pois eles sabiam que Ele era capaz de cura-lo, mas queriam encontrar um artifício para impedi-Lo. Agiam como hipócritas, pois Jesus disse que “o sábado é que foi feito para o homem” e que Ele era Senhor do sábado. Esta desculpa de sábado, nos revela uma religião fanática, sem propósitos e distanciada da verdadeira fonte de sua razão de ser, que é aproximar o homem de Deus. Todo o legalismo acaba por ser assim mesmo, ele afasta o homem de Deus, e o que é pior, cria uma grande mágoa e ressentimentos, muitas vezes insuperável para o homem.
Jesus então, olha para o homem da mão ressequida e o chama para o centro. Pense nisso. Coloque-se no lugar daquele homem, ele estava ali na sinagoga, numa sociedade completamente cegada pelos preconceitos, seguidora de uma lei pesada, difícil de carregar e suportar, ele era considerado um paria da sociedade, um pecador que merecia levar sobre si o castigo, mesmo que ele próprio não soubesse por qual pecado. Quando o Jesus o chama, e ele vai até Jesus, implica em dizer publicamente que estava acatando as ordens daquele Homem, pois os lugares da frente nunca poderiam lhe pertencer, principalmente o centro, mas Deus queria coloca-lo em posição de honra. Isto exigiu dele muita coragem, pois os partidos, mesmo inimigos, haviam se unido contra Jesus, e isto era uma perseguição declarada e aberta, todos sabiam. Quando o pecador, verdadeiramente, ouve a voz de Jesus, ele é como este homem, não se importa com nada nem com ninguém.
Aqueles judeus se julgavam melhores do que o homem que tinha a mão ressequida, pois eles não tinham defeito físico aparente, mas Jesus, que sonda e conhece o coração, sabia que o pior estava escondido em suas mentes e corações: Falsidade, indiferença, hipocrisia, fanatismo e legalismo. Eles tinham seus espíritos totalmente ressequidos, pior do que a mão daquele homem. Jesus então lhes propõe um enigma, “: É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida ou matar?”.
Muitas vezes não fazemos isso, ou aquilo, mas ninguém consegue nos explicar verdadeiramente por que não, a verdadeira razão disto ou daquilo está baseada em idéias de homens, muitas bobagens que saem das faculdades do achismo: “acho isso, acho aquilo”. Mas não sabemos a origem de tal prática, nem o que ela poderá nos fazer em relação a Deus, não há sequer base bíblica para tal. Assim como aqueles judeus que emudeceram perante tal pergunta, os legalistas de plantão, os mais santificados, emudecem diante de muitas questões, que são meramente invencionices das cabeças de gurus de pseudo-seitas cristãs.
Na seqüência dos fatos, Cristo se ira e se entristece com a incredulidade dos que estavam ao redor, inclusive os discípulos. Muitas vezes , quando vemos um pecador se aproximar de Cristo, no nosso intimo indagamos : “Mas este aí, Deus pode libertar?” - Diminuímos o poder de Deus, diminuímos o poder da graça de Deus, diminuímos o poder da ação do Espírito Santo. Também estamos apegados ao achismo, às aparências, ao nosso moralismo e legalismo, que não conseguimos vislumbrar o poder da transformação que só Deus pode operar. Cristo também continua a se entristecer, porque mesmo diante de tantas coisas que Ele já nos revelou, mostrou e operou, continuamos vacilantes, homens e mulheres de pouca fé.
O homem vai até Cristo, atende ao convite. Agora é Deus quem vai operar. Cristo dá uma ordem, direta e curta : Estende a mão. Ele poderia ter estendido a mão boa e escondido a outra, ou poderia ter dito: “Não vês que tenho a mão atrofiada, quer escarnecer de mim? Já não me bastam os sofrimentos que esta mão tem me trazido, vens tu também escarnecer?”
Mas ele simplesmente obedece. Ele não argumenta que o problema era grande ou tenta mascará-lo para Jesus, ele simplesmente obedece. Quando Deus nos diz que vai resolver o problema ele espera esta mesma atitude de fé e obediência. Não precisamos argumentar que deste jeito já tentamos e nada conseguimos. Devemos apenas obedece-Lo. Ele fará a obra. Como diz o salmista, no capítulo 139, o Senhor nos formou no ventre de nossa mãe e nos viu quando ainda eramos uma substancia ainda informe. O homem estava na frente daquEle que era o único que poderia ajudá-lo. Não dava para perder a oportunidade, independentemente das circunstâncias ou consequencias. Quando obedecemos ao Senhor ele restaura o que está ressequido tornando-nos perfeitos

Que grandes lições o Espírito Santo tem para nos revelar nesta passagem. Que maravilhas testemunharam todos aqueles naquele sábado, naquela sinagoga. Deus agindo em benefício de sua criação, como Ele sempre está pronto para agir. Deixe o Espírito sondar o seu coração e analise se não está tão somente indo até a sinagoga (templo), nos dias determinados, fazendo suas orações, esperando compaixão dos irmãos por causa dos seus problemas. É impotante que tenhamos um encontro real com Cristo, deixando de ser simplesmente religiosos, precisamos ir até o centro e deixar que Ele restaure tudo em nós. Somente assim veremos os Seus milagres acontecerem.







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