Desde a construção, Brasília e o Varjão viram encolher em dois terços sua vegetação



Todos os anos, uma área equivalente a 166 Parques da Cidade é devastada, o que afeta o clima, o abastecimento de água e agrava os problemas urbanos, como os alagamentos

No Distrito Federal, o mapa muda de cor mais rápido do que os olhos conseguem acompanhar. Entre 1954 e 2010, a vegetação encolheu 67%. Dos 581 mil hectares de cerrado existentes quando a nova capital do Brasil ainda era um sonho, sobraram pouco mais de 189 mil, sendo que apenas 10% estão sob a proteção de áreas permanentes de preservação (APPs). O segundo maior bioma brasileiro acabou aquartelado em pouco menos de um terço do território e, se nada for feito para reverter o ritmo acelerado de desmatamento, em menos de 30 anos as próximas gerações de brasilienses só conhecerão as árvores retorcidas por meio de livros.

O estudo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre a vegetação e a ocupação do solo no DF entre 1954 e 2001 e um mapa do desmatamento do cerrado produzido pela Fundação Sustentabilidade e Desenvolvimento com base em dados de 2010 do Ministério do Meio Ambiente revelam que, em média, 6.997 hectares de cerrado são dizimados todos os anos em Brasília. Significa dizer que a devastação consome 70 milhões de metros quadrados por ano, o equivalente a 166 Parques da Cidade ou 10,2 mil campos de futebol. 
Na foto acima mostra a construção de uma quadra de ginástica ao ar livre ( VARJÃO-DF) e nenhuma árvore a ser plantada no local.
Publicação: 15/04/2012 09:00 
Atualização:CLAUDIO BANDEIRA DE AZAMBUJA

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