Secretaria pede a suspensão de propaganda com Gisele Bundchen de ligerie


Publicação: 29/09/2011 08:00 Atualização: 28/09/2011 19:58
A Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM) pediu a suspensão da campanha publicitária “Hope ensina”, na qual duas situações são apresentadas. Segundo a secretaria, as propagandas são mostradas duas situações: uma em que a modelo Gisele Bundchen, vestida, explica ao suposto marido que estourou o limite de cartão de crédito e na outra ela conta a mesma situação, mas de lingerie. Já em outra campanha, a modelo aparece vestida e de calcinha e sutiã dizendo que sua mãe irá morar com o casal. 

A autarquia acredita que o objetivo da campanha é transmitir aos consumidores que o certo é ficar sem roupa e que as brasileiras devem usar seu charme para consquistar os homens e que a propaganda promove o estereótipo da mulher como objeto sexual e também apresenta conteúdo discriminatório contra as mulheres.

Segundo a secretaria, desde que foi ao ar, no último dia 20, o órgão recebeu reclamações a respeito do teor da propaganda. O pedido de suspensão foi enviado ao Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) e ao diretor da Hope Lingerie, Sylvio Korytowski. Em nota oficial, a Hope afirmou que a propaganda têm o objetivo claro e bem definido de mostrar, de forma bem-humorada, que a sensualidade natural da mulher brasileira, reconhecida mundialmente, e que pode ser uma arma eficaz no momento de dar uma má notícia.”

A Hope esclareceu que não teve a intenção de provocar reações negativas e nem transmitir uma imagem de dependência financeira da mulher. “Utilizamos a modelo Gisele Bundchen para evidenciar que todas as situações apresentadas na campanha são brincadeiras, piadas do dia-a-dia, e em hipótese alguma devem ser tomadas como depreciativas da figura feminina. Seria absurdo se nós, que vivemos da preferência das mulheres, tomássemos qualquer atitude que desvalorizasse nosso público consumidor”, conclui a nota. O Conar informou que ainda não recebeu o ofício.

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