tuberculose no Varjão


No Distrito Federal, que possui um sistema de tratamento considerado modelo perante outros estados, o processo ainda é motivo de crítica para os próprios profissionais de saúde. "Poderia ser bem melhor, mas, mesmo assim, ainda temos aqui o sistema de Tratamento Diretamente Observado (TDO), para evitar o abandono", afirma Ricardo Martins, do Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Na Secretaria de Saúde, a responsável pela Gerência de Doenças Crônicas e Outros Agravos Transmissíveis, Rosa Nancy Urribarri Runzer Sallenave, explica que a atribuição do agente de saúde com o paciente de tuberculose é observar o tratamento desde o início até a cura. "Mas, devido à baixa cobertura do programa de Estratégia de Saúde da Família no Distrito Federal, poucas regionais de saúde que têm o programa de controle da tuberculose implantado contam com a participação do agente de saúde no acompanhamento do tratamento dos pacientes com tuberculose."

Esse é o caso do Varjão, onde a maioria dos pacientes procuram o Hospital Regional do Paranoá e centros de saúde de outras cidades para fazer consultas. É o caso do aposentado Lázaro Monteiro de Almeida, 72 anos, que está no último mês de tratamento. Trata-se de um caso típico de tuberculose. Ele começou a tossir muito e a emagrecer, teve febre, crises de desânimo, insônia e calafrios. "Não tinha nem vontade de comer, mas, quando comecei o tratamento, não parei mais e estou me sentindo bem." Lázaro aproveitou a doença tuberculose para deixar de fumar e fazer outros exames. "Temos de cuidar da saúde, não é?"

Os usuários do Centro de Saúde , pedem ao Administrador Regional do Varjão , que ajude os pacientes nos seus tratamentos para que eles não tenham que se deslocar até ao Paranoá .

O caso de Lázaro não é o único em sua família. O neto Eduardo Vanúncio de Almeida, 10 anos, está nas primeiras semanas de tratamento, mas segue o exemplo do avô e já não sente mais o efeito dos sintomas. "Tinha dor de cabeça, dor no corpo, febre e muita tosse", diz o menino, que estuda em uma escola pública do Varjão. A mãe, Marilza

Vanúncio de Almeida, se preocupa com os outros quatro filhos, mas garante que Eduardo segue as recomendações médicas. "Quero é que ele fique bom logo", afirma, preocupada, mas confiante.

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