Como se previa desde que o governo Lula resolveu instituir o regime de partilha de produção como modelo adequado para os investimentos em novos blocos de exploração na chamada camada do pré-sal, a primeira licitação nessa modalidade, a do campo de Libra, em águas profundas da Bacia de Santos, será disputada preponderadamente por companhias petrolíferas estatais, em sua maior parte, asiáticas. Como herança de um passado remoto, ainda diz-se, na linguagem comum, que um bom negócio “é um negócio da China”. Por ironia, é possível que o leilão de Libra seja literalmente um negócio da China, já que petrolíferas chinesas se apresentam como fortes candidatas a vencer a licitação. Tal possibilidade também fora levantada durante a discussão que antecedeu a aprovação do regime de partilha pelo Congresso, porque muitos países da Ásia buscam diminuir suas dependências de importações de...