Mais caro e raro, trabalho doméstico ainda é precário no Varjão

Uma mão de obra cada vez mais velha, escolarizada, escassa e, consequentemente, mais cara. O trabalho doméstico passa por um lento processo de transformação, decorrente das mudanças socioeconômicas do país na última década. A tendência estatística já sugere que contar com uma trabalhador(a) doméstica em casa será um “luxo” no Brasil dentro de alguns anos.
Na última década, o número de trabalhadoras domésticas cresceu em proporção menor que a população, segundo estudo realizado pelo instituto de pesquisas Data Popular a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, o país tem 6 milhões de trabalhadoras, 3% da população, que movimentam R$ 43 bilhões por ano – cifra equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) de Curitiba. 
No Varjão-DF , esses trabalhadores não querem aceitar emprego em que tenha que dormir e salário inferior a R$ 900,00.Os motivos alegados são muitos , entre eles está a questão de serem na maioria casados(as) e que quando na maioria está fazendo o supletivo ou ensino regular nas escolas públicas do Lago Norte e Asa Norte.Não raro alguns desses profissionais estão cursando o 3º grau.
Escolaridade
Ascensão por meio do estudo
A evolução social das domésticas vem sendo impulsionada pela elevação do grau de escolaridade dessas profissionais. O número de trabalhadoras que chegou ao ensino médio quase dobrou entre 2002 e 2011, passando de 12,7% para 23,3%. Apesar de níveis ainda baixíssimos, a proporção de empregadas com curso técnico ou superior cresceu 85%, saltando de 0,7% para 1,3%.

O trabalho doméstico continua sendo a atividade que mais emprega mulheres no Brasil, em especial negras e pobres”, aponta a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Luana Simões Pinheiro. Segundo ela, o Brasil ainda não vive o “sumiço” do trabalho doméstico, mas já é possível observar um acentuado processo de envelhecimento da força de trabalho. Na última década, a média de idades das trabalhadoras cresceu de 35 anos para 39 anos.
Por CLAUDIO BANDEIRA DE AZAMBUJA

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