Bastidores das negociações de Lula para ir a prisão
Em nome da PF, as conversas foram lideradas pelo delegado Igor Romário de Paulo. Diante do impasse, ele afirmou que a possibilidade de entrar à força no sindicato era “remota”. “A prioridade é evitar confronto, o que faria inflar ainda mais os ânimos”, disse.
Na verdade, foi uma decisão política.
Segundo relatos que pessoas que estiveram com o ex-presidente, Lula teria alternado momentos de emoção e até choro. Apesar da expectativa, ele acabou não discursando em um carro de som no local.
O preparo da polícia para a resistência
Desde a noite de ontem (6/4), o comando da Segurança Pública se preparou para a “resistência de Lula e dos petistas”. Dois pelotões do 3º Batalhão da tropa de choque foram enviados pelo comandante-geral, coronel Nivaldo Restivo, para São Bernardo do Campo.
Eram cerca de 60 homens com um caminhão lançador de água com a ordem de atuar somente em caso de quebra da ordem e se o policiamento territorial não fosse suficiente para restabelecê-la.
Todos o restante do Comando de Policiamento de Choque permanecia em prontidão em São Paulo. Não havia ordem então para que a tropa capturasse o líder petista, mas sua presença na região do ABCD servia como um instrumento de dissuasão.
À tarde, o comando da Segurança Pública foi informado que Lula não ia se entregar. O ex-presidente só deixaria a sede do sindicato após missa em memória de sua mulher, dona Marisa Letícia, que deve se realizar hoje (7/4) na sede do sindicato. O petista ainda tentava permanecer preso em São Paulo em vez de ser levado para Curitiba.
Empossado ontem (6/4) no cargo, o governador Márcio França disse que “ordens judiciais são para ser cumprida”. “A gente não pode achar bonito nem gostoso ter um ex-presidente da República com uma dificuldade desse tamanho. Mas ordens judiciais não são para ser discutidas, são para ser cumpridas”, disse França.
A ideia é que Lula se apresente hoje (7/4), em “campo neutro”, depois da missa em homenagem ao aniversário de 67 anos de dona Marisa Letícia.
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